BIOGRAFIAS


JOHN WATSON

A biografia de John Watson começa com seu nascimento em um sítio próximo a Greenville, na Carolina do sul, onde frequentou os primeiros anos de estudo em uma escola que possuía apenas uma sala. Sua mãe era extremamente religiosa, ao contrário do pai. O velho John Broadus Watson bebia muito, era violento e mantinha muitas relações extraconjugais. Ele raramente conseguia manter um emprego fixo, por isso a família vivia a beira da pobreza, subsistindo à custa da produção de sítio. Alguns vizinhos os desprezavam, enquanto outros sentiam pena deles. Quando John Broadus Watson estava com 13 anos, seu pai fugiu com outra mulher e nunca mais voltou. John Broadus Watson jamais o perdoou por isso, e anos mais tarde, quando se tornou rico e famoso, seu pai foi procurá-lo em Nova York, mas John Broadus Watson não quis vê-lo.
Na infância e na adolescência, John Broadus Watson era descrito como delinquente. Ele mesmo se dizia preguiçoso e desobediente, e suas notas na escola eram apenas suficientes para passar de ano. Os professores consideravam-no indolente, sempre propenso a discussões e, às vezes incontrolável. Duas vezes envolveu-se em brigas e foi preso, em uma das ocasiões, por atirar dentro dos limites urbanos. Contudo, 16 anos matriculou-se na Furman University, em Greenville, afiliada a igreja Batista, disposto a tornar-se pastor, como prometera à mãe. Estudou filosofia, matemática, latim e grego, planejando entrar no seminário teológico depois de se formar em Furman.
Um fato curioso ocorreu durante o último ano de John Broadus Watson na Furman University. Um professor advertiu os alunos de que, se alguém entregasse o exame final com as páginas na ordem inversa seria reprovado. John Broadus Watson resolveu desafiá-lo, entregando a prova dessa forma e foi reprovado - pelo menos essa é a sua versão. Um estudo posterior dos dados históricos a respeito do episódio - nesse caso, das notas deJohn Broadus Watson - mostra que ele não foi reprovado nessa matéria. Seu biógrafo acredita que a versão da história escolhida pelo próprio John Broadus Watson revela algo de sua personalidade, ou seja, "a ambivalência em relação ao sucesso.
Muitas vezes, seus contínuos esforços para atingir as metas e ser aceito eram boicotados pelos próprios atos, totalmente obstinados e impulsivos, que o afastavam ainda mais da respeitabilidade". Outro professor de John Broadus Watson disse que ele era inconformista, "um aluno brilhante, mas de algum modo preguiçoso e indolente; um pouquinho pesado, mas de boa aparência; valoriza-se demasiadamente e preocupa-se mais com as própria idéias do que com as pessoas".



Burrhus Skinner
20/3/1904, Pensilvânia (EUA)
18/8/1990, Cambridge (EUA)

Você sabia que os pombos são supersticiosos? Pois bem, certa vez o psicólogo Burrhus Skinner colocou vários pombos numa caixa e passou a alimentá-los em intervalos fixos, independentes do comportamento do pombo. Ele observou que os pombos associavam a comida a algum comportamento que tivessem tido logo antes de serem alimentados.
Por isso, um dos pombos passou a mover a cabeça para um lado e para o outro, enquanto outro dava voltas na gaiola, e assim por diante. Desse modo, Skinner concluiu que os pombos tinham comportamentos supersticiosos. Ele é um dos grandes expoentes da psicologia experimental.
De família presbiteriana, Burrhus Skinner teve uma infância tradicional. Cursou o Hamilton College, graduando-se em inglês. Depois de formado, voltou para a casa dos pais e tentou a carreira de escritor - que acreditava ser sua vocação - durante um ano.
Desistindo deste intento, passou uma breve temporada em Greenwich Village, em Nova York, onde levou uma vida boêmia. Ingressou então na Universidade de Harvard, no departamento de psicologia. Concluiu o mestrado em 1930 e o doutorado em 1931.
Nos anos seguintes, passou a dedicar-se às suas pesquisas, lecionando, dando palestras e escrevendo. Permaneceu em Harvard até 1936. Em seguida foi para a Universidade de Minnesota. Nessa época casou-se com Yvonne Blue, com quem teve dois filhos.
Em 1938 Skinner publicou seu primeiro livro, "O Comportamento dos Organismos". Logo a seguir, com bolsa de estudos da Fundação Guggenheim, escreveu "Comportamento Verbal". Sete anos mais tarde, ingressou na Universidade de Indiana, como catedrático, e, em 1948, foi convidado a lecionar em Harvard, onde permaneceu até o fim da vida.
Burrhus Skinner conduziu um trabalho pioneiro no campo da psicologia experimental e foi um dos defensores do behaviorismo. Além das obras citadas, publicou diversos livros e artigos sobre psicologia experimental. Trabalhou até o último dia de sua vida. Morreu aos 86 anos, em conseqüência de uma leucemia.



Sigmund Freud
06/05/1856, Freiberg, atual Pribor (República Checa)
23/09/1939, Londres (Reino Unido)
O criador da psicanálise nasceu na região da Morávia, que então fazia parte do Império Austro-Húngaro, hoje na República Checa. Sua mãe, Amália, era a terceira esposa de Jacob, um modesto comerciante. A família mudou-se para Viena em 1860.
Em 1877, ele abreviou o seu nome de Sigismund Schlomo Freud para Sigmund Freud. Desde 1873, era um aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de Viena, onde gostava de pesquisar no laboratório de Neurofisiologia.
Ao se formar, em 1882, entrou no Hospital Geral de Viena. Freud trabalhou por seis meses com o neurologista francês Jean Martin Charcot, que lhe mostrou o uso da hipnose.
Em parceria com o médico Joseph Breuer, seu principal colaborador, ele publicou em 1895 o "Estudo sobre Histeria". O livro descreve a teoria de que as emoções reprimidas levam aos sintomas da histeria, que poderiam desaparecer se o paciente conseguisse se expressar.
Insatisfeito com a hipnose, Freud desenvolveu o que é uma das bases da técnica psicanalítica: a livre associação. O paciente é convidado a falar o que lhe vem à mente para revelar memórias reprimidas causadoras de neuroses.
Em 1899, publicou "A interpretação dos sonhos", em que afirma que os sonhos são "a estrada mestra para o inconsciente", a camada mais profunda da mente humana, um mundo íntimo que se oculta no interior de cada indivíduo, comandando seu comportamento, a despeito de suas convicções conscientes.
Mesmo com dificuldades para ser reconhecido pelo meio acadêmico, Freud reuniu um grupo que deu origem, em 1908, à Sociedade Psicanalítica de Viena. Seus mais fiéis seguidores eram Karl Abraham, Sandor Ferenczi e Ernest Jones. Já Alfred Adler e Carl Jung acabaram como dissidentes.
A perda de Jung foi muito mais dolorosa, pois Freud esperava que o discípulo, suíço e protestante, projetasse a psicanálise além do ambiente judaico. Além de discordar do papel prioritário dado por Freud ao desejo, Jung se tornou místico.
Sensibilizado pela Primeira Guerra Mundial e pela morte da filha Sophie, vítima de gripe, Freud teorizou sobre a luta constante entre a força da vida e do amor contra a morte e a destruição, simbolizados pelos deuses gregos Eros (amor) e Tanatos (morte). A sua teoria da mente ganhou forma com a publicação em 1923, de "O Ego e o Id".
Em 1936, disse considerar um avanço seus livros terem sido queimados pelos nazistas. Afinal, no passado, eram os autores que iam à fogueira. Mas a subida de Hitler ao poder ditatorial não demorou e a perseguição aos judeus se intensificou. Em 1938, já velho e com câncer, fugiu para a Inglaterra, onde morreu no ano seguinte.
Com Martha Bernays, teve seis filhos. A caçula Ana tornou-se discípula, porta-voz do pai, e uma eminente psicanalista.
Atualmente, Freud continua tão polêmico quanto na época em que esteve vivo. Por um lado, é verdadeiramente idolatrado por seguidores ortodoxos da teoria psicanalítica - e, aliás, em vida, Freud demonstrava uma inegável satisfação em ser reverenciado como um gênio. Por outro, é visto também como um mistificador, principalmente a partir da década de 1990, quando as descobertas da neurociência questionaram muitos dos princípios fundamentais da psicanálise.





 Max Wertheimer (Praga, 15 de abril de 1880  New Rochelle, 12 de outubro de 1943) foi um psicólogo checo, um dos fundadores da Teoria da Gestalt juntamente com Kurt Koffka e Wolfgang Köhler.
Nascido numa família judaica germanófona, durante sua juventude pensava em seguir carreira como músico; estudou violino, composição de música de câmara e sinfônica.
Em 1900, começou estudar na Universidade de Praga. Um ano após, mudou de curso, passando a estudar psicologia na Universidade de Berlin, sob a tutela de Carl Stumpf. Em1904, recebou seu doutorado na Universidade de Würzburg. Esta tese trata de um detector de mentiras empregando o método de associação de palavras.
Em 1910 interessou-se pela percepção do movimento. Com a ajuda de um estroboscopio descobre que, iluminando duas linhas por um breve período de tempo, tem-se a sensação de ver só uma. A este fenômeno chamou de fenômeno phi.
Em 1933 imigrou para os Estados Unidos para fugir da perseguição Nazi. Trabalhou como professor em Nova York, onde passou os últimos anos de vida. Sua obra só foi descoberta postumamente, em 1945.
Wertheimer foi um critico do sistema educacional de sua época, baseado na lógica tradicional e na associação de ideias.
Para ele, a verdade consiste em determinar a estrutura total de experiência e não em captá-la por sensações e percepções singulares associadas.

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