A teoria behaviorista foi inaugurada
por Watson, mas foi nos Estados Unidos com o teórico Skinner que teve um grande
desenvolvimento em função de suas aplicações práticas e pela definição do fator
psicológico a partir do conceito de comportamento. (Behavior em Inglês). O
Behaviorismo dedicou-se ao estudo do comportamento, na relação em que mantém
com o meio ambiente onde ocorre.
Segundo Skinner a aprendizagem ocorre
em função da mudança de comportamento. Essas mudanças são resultado de uma
resposta individual a eventos (estímulos) que ocorrem no meio. O homem começa a
ser estudado como processo de aprendizagem pelo qual passa desde a infância, ou
seja, como produto das associações estabelecidas durante sua vida entre
estímulos (do meio) e respostas (manifestações comportamentais).
A base da corrente skinneriana está na
formulação do condicionamento operante, que é um comportamento voluntário e
abrange uma quantidade muito maior da atividade humana, desde os comportamentos
do bebê de balbuciar, agarrar objetos, olhar enfeites do berço, até os
comportamentos mais sofisticados que o adulto apresenta.
O condicionamento
operante pode ser representado da seguinte maneira: R à
S, onde R é a resposta e
S é o estímulo reforçador que tanto interessa ao organismo esse estímulo
reforçador é o reforço. O reforço pode ser positivo ou negativo, o positivo é
aquele que, quando apresentado, atua para fortalecer o comportamento que o
procede. Já o negativo é aquele que fortalece a resposta que o remove (punição
inibe o comportamento em situações semelhantes).
Assim como podemos instalar
comportamentos, podemos “descondicionar uma resposta”. Skinner trabalhou nesse
processo de eliminação dos comportamentos indesejáveis ou inadequados e denominou-o
extinção. Já o castigo é igual à extinção, funciona para reduzir a conduta.
A principal área de aplicação dos
conceitos apresentados tem sido a educação. São conhecidos como os métodos de
ensino programado e o controle e organização das situações de aprendizagem, bem
como a elaboração de uma tecnologia de ensino.
Esta teoria está presente na educação:
na avaliação através da nota onde é premiado o aluno que responde a uma prova
satisfatoriamente e é castigado o que não respondeu de acordo o esperado pelo
professor; também em softwares educativos onde o aluno é promovido para a fase
seguinte se conseguir resolver o que foi proposto ou sai do jogo caso não
resolva o que foi solicitado.
Entretanto outras áreas também têm
recebido a contribuição das técnicas e conceitos desenvolvidos pelo
behaviorismo, como a área de treinamento de empresas, a clínica psicológica, o
trabalho educativo de crianças excepcionais, a publicidade e outros mais. Na
verdade, a análise experimental do comportamento pode auxiliar-nos a descrever
nossos comportamentos em qualquer situação, ajudando a modificá-los.
Vários críticos apontam para o fato de
que um comportamento não precisa ser, necessariamente, conseqüência de um
estímulo postulado. Uma pessoa pode se comportar como se sentisse cócegas, dor
ou qualquer outra sensação mesmo se não estiver sentindo nada. Algumas
propriedades mentais, como a dor, possuem uma espécie de “qualidade intrínseca”
que não pode ser descrita em termos comportamentalistas. Esta é a crítica maior
do behaviorismo.
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